Na ala direita da Fazenda de Sant’Anna, por uma escada de pedra com dez degraus se atinge a entrada da Capela; em vasto salão decorado com simplicidade, ao fundo do qual por uma entrada em arco, se destaca o altar, único da capela em cujo pequeno trono se vê a imagem de Sant’Anna e outras imagens menores de outros santos. Uma banqueta completa, dourada, orna o altar em cujo centro esta a Cruz com a imagem do Crucificado.
Aos lados da capela uma porta larga faz comunicação com o interior da casa, e de outro, ampla janela envidraçada que deixa penetrar a luz. A capela está revestida de decorações a outro, e ornam suas paredes quadros alegóricos da Sagrada Escritura. Jarras de finas porcelanas enfeitam o altar no qual se estendem finíssimas toalhas de linho e cambraia, bordadas com esmero, os paramentos completos para todos os ofícios sacros, estão guardados cuidadosamente, bem como os vasos sagrados em uma grande arca de jacarandá. Tapetes antigos com lavruras de fino gosto ornam os degrau do altar e a parte inferior. Do lado do Evangelho, na entrada da Capela vê-se a pia batismal ampla e de madeira escolhida.
Várias provisões desde a fundação das fazendas concedem licença para celebração de Missas, batizados e casamentos. Em um livro encontramos registrada a passagem em visita a essa Capela, do Bispo Diocesano D. Pedro Maria de Lacerda, que ali chegou na tarde de 21 de junho de 1876, permanecendo na fazenda de Sant’Anna até o dia 26 do mesmo mês, em que deixou a Fazenda em direção a Vila de N. S. da piedade do Rio Claro.