DOS PRIMEIROS POVOADORES DA SERRA ACIMA
DESBRAVANDO SERTÕES OS  “PORTUGAL”

Braz Gonçalves Portugal foi uma das primeiras sementes daqueles corajosos sertanejos que, crescendo, formou uma frondosa árvore, que se ramificou por toda aquela região de São João marcos de Campo Alegre, caminho de São Paulo.

Era casado com Francisca Antonia de Assunpção. Foi ele um dos primeiros irmãos na confraria, que construíram a Mesa.

Administrativa de Irmandade do S. S. Sacramento instituída na Igreja de Santa Rita, da cidade do Rio de Janeiro, no ano de 1750; servindo no cargo de seu tesoureiro no período de 1761 a 1762, e no de escrivão no decurso de 1769 a 1770.

Obtendo carta de Sesmaria de terras nas margens do Ribeirão das Lages, em São João Marcos, para lá se transportou formando fazenda.

Seu filho, José Gonçalves Portugal, também obteve carta de Sesmaria de terras, a qual lhe foi passada em 10 de Dezembro de 1779 e confirmada em 16 de Junho de 1780, junto às terras que foram de Manoel Machado de Souza que já então também lhe pertenciam. Falecendo seu pai, requereu ele carta de emancipação para gerir os bens que lhe ficaram por aquele trespasse, tendo ele então 23 anos de idade. Fundou a fazenda do Sipó, onde residia, e ai desenvolveu suas lavouras de cana de açúcar e do anil de que havia no lugar duas fábricas. O anil foi ainda cultivado por muitos anos, seu último cultivador foi o fazendeiro Major Dionisio José dos Santos, na mesma fazendo do Sipó.

José Gonçalves Portugal, foi capitão de Ordenanças em São João Marcos. O comandante Joaquim Xavier Curado, na informação prestada ao Conde de Rezende , em 18 de Novembro de 1790, dizia que de Campo Alegre (Rezende) e São João Marcos, “os sujeitos propostos para oficiais, são os mais suficientes que achei dentro dos mesmos distritos, principalmente os capitães de cuja capacidade e moderação tenho suficientes provas pela experiência adquirida em diversas ocasiões, que por mim tem sido convocados para o serviço de Sua Majestade. O Capitão de Ordenanças de São João Marcos, José Gonçalves Portugal, pede passagem para a Cavalaria, eu observo nele muito merecimento e capacidade por cujo motivo tomei a deliberação de o fazer entrar no número dos propostos”. Foi um dos fundadores da Irmandade do S. S. Sacramento da matriz de São Joaõ Marcos, em 1792 (Termo da visita de Monsenhor Pizarro)

De sua descendência não encontramos mais referências, embora exaustivas fossem as nossas pesquisas, mesmo porque os livros da matriz, e do Cartório de São João Marcos, tal o estado de sua conservação, não nos permitiram maiores estudos, porque uns, estavam ilegíveis, e outros com as páginas coladas e endurecidas pela umidade, esfarelando-se ao menor contato.

Em 1818, foi requerido no Rio de Janeiro, pelo João Antonio de Macedo Portugal, na qualidade de testamenteiro, o inventário dos bens deixados por falecimento de seu pai, o Dr. João Gonçalves Portugal. Não encontramos, infelizmente, mais nada em referência com esse Dr.João Gonçalves Portugal, de vez que o inventário requerido só continha a autuação e a petição, não tendo seguimento.

Pensamos que esse Dr. João Gonçalves Portugal é da mesma família de Braz e Manoel Gonçalves Portugal. (O documento está na Seção Judiciária do Arquivo Nacional).

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