DR. AURELIANO GONÇALVES DE SOUZA PORTUGAL

            Nasceu em Capivari, na fazenda de Sant’Anna, Município do Rio Claro, em 16 de junho de 1851, e faleceu no rio de janeiro, em 4 de julho de 1924, Filho de Joaquim Gonçalves Portugal e Rita Clara de Souza Portugal, casada em primeiras núpcias com Rita Clara de Souza Portugal (sua sobrinha) e em segundas núpcias com Florescia Marcondes Portugal. Fez seus primeiros estudos no Colégio do Visconde S. Valentim. Terminando os preparatórios, matriculou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, ai se formou em 1874. Formado, regressou a sua terra natal, onde iniciou sua clínica com grande proveito, desenvolvendo sua atividade, chegando a conquistar notoriedade, em que a sua competência profissional se aliava sua bondade de coração. Sócio do Instituto Acadêmico, membro da Associação de Caridade para ensino das crianças pobres da Freguesia de Dores de Pirai, onde aplicara todo ser, zelo pela instrução e saúde das crianças naquela região, de sua atuação naquela pia instituição, diz bem o seu relatório de 1890.

Deputado provincial da 25º legislatura do Império e nas 2º, 3º e 4º da Assembléia do Estado, na Republica, terminando o mandado, retornou á sua clinica de que fazia um sacerdócio. Médico do hospital de São João Batista de Niterói, muito trabalhou naquela casa de caridade. Desde 1887 que seu nome se tornou conhecido com suas publicações na imprensa sobre assumptos médicos e principalmente os de sua especialidade.

Em 1889, tomou parte no 2º Congresso Médico, onde revelou sua inteligência estudiosa nos vários debates ali havido sobre temas científicos de alta relevância. Preocupou-se o grande médico com uma memória que apresentou sobre o aparelhamento sanitário, concluindo por sugerir a creação de um Ministério de Saúde Publica. Tal relevo teve sobre os serviços de Saúde Pública principalmente no Estado do Rio de Janeiro, que ele conhecia todas as suas modalidades clinicas que em 1890 foi nomeado demogranhista da Inspetora Geral do Rio de Janeiro. Nomeado Secretario do prefeito do Distrito Federal, Francisco Pereira Passos com este cooperou para a remodelação da Capital da República. Nomeado chefe de Seção de Estatística, foi sucessivamente escolhido para subdiretor desse serviço, que passando por nova reforma, lhe, foi confiada a Direção Geral, dessa repartição, cujo cargo exerceu com grande proficiência até seu falecimento.

Deixou trabalhos e publicações que ainda hoje são e consultados pelos estudiososs; entre eles, seus primeiros estudos: “Das afecções febris”, “Da propriedade ante-putrida do Hidrato de Cloral”, “Vícios de conformação”, “Dissertação sobre aborto criminoso”, “Febres tifóides”, “Anuário de Estatística demógrafo-sanitária”, apresentado à Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, com outro trabalho sobre “Higiene Urbana” (neste trabalho ele salientava a necessidade imediata da construção de uma rede de esgotos na cidade de Niterói).

Politicamente militou com Alberto Torres, com este trabalhando esforçadamente no desejo de bem servir a Causa pública fluminense. Renunciando seu último mandato de deputado á Assembléia legislativa, não mais voltou à Assembléia, para ir servir o Prefeito Pereiras Passos Souza Aguiar, também prefeito posteriormente, o conservou como seu Secretario. São estas em linhas gerais o que foi esse notável Rio Clarense, uma das suas mais ilustres e brilhantes figuras de sua Galeria de homens cultos.

Do seu primeiro casal houve dois filhos: Renata de Souza Portugal, falecida ainda criança e Aurélia de Souza Portugal. Do seu segundo matrimonio nasceram: Aureliano Marcondes Portugal, que faleceu criança e Dr. Hildebrando Marcondes Portugal, médico do Corpo de Saúde  do Exercito; Edgard Marcondes Portugal, Yolanda Marcondes Portugal, Celina Marcondes Portugal, Francisco Marcondes Portugal e Célia Marcondes Portugal, que faleceu criança.

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